Bienvenidos al Chile

Chegamos ao aeroporto e o que fazer agora? Muito engraçado (e desesperador) não ter a menor idéia do que fazer e as pessoas ao seu lado não falarem a mesma língua que você. Optei (porque desse ponto em diante minha mãe já não decide nada, agora estou no comando e adorando isso) por seguirmos os demais passageiros, seja lá o que eles irão fazer, "Segue o fluxo mãe", eu disse com ar de quem sabia o que dizia (risos mentais).

Já consigo entender parte do que falam ao meu lado, mas eles falam muito rápido, alguém precisava apertar a tecla slowmotion naquele momento! Seja como for, a idéia de seguir o fluxo funcionou e conseguimos sair da área de desembarque. Agora era outro desafio: procurar o nosso guia! Ali haviam muitas pessoas procurando outras pessoas com plaquinhas com nomes e tudo mais (igual nos filmes mesmo), mas não avistamos ninguém da CVC, a opção era parar por perto e ficar de olho.

Um senhor se aproximou e perguntou se precisávamos de táxi. Meus ouvidos estavam "tampados" com a pressão durante o pouso e eu tive que pedir para ele falar várias vezes a mesma coisa só para responder no final que "No, gracias!". Mas ele não desistiu de nos ajudar, questionou se estávamos esperando alguém (pergunta idiota, tolerância zero, ahn?!) e de qual agência era. Até eu entender isso, passaram-se alguns minutos e ele foi muito paciente em me falar muitas vezes a mesma coisa para que eu entendesse e pudesse responder algo.

Minha mãe já estava com ar de preocupada. O guia apareceu, Dário o nome dele e trabalha na agência First Premiun Travel. Simpático, porém muito agitado, ao invés de nos acalmar naquele momento de solidão, ele falou qualquer coisa e nos deixou esperando por mais alguns minutos.

Senti vontade de ir ao banheiro e avisei minha mãe que iria até lá. Era logo ali, após o "ascensor". Onde? Após o elevador mãe! Vai aprendendo *risos. Quando voltei quis sair para fotografar o aeroporto, tive que atravessar a rua e levar alguns segundos para ajustar a máquina, a operação completa não durou mais que cinco minutos, mas ao entrar no aeroporto novamente a cara de Dona Genilda não era das mais simpáticas. Tive vontade de rir, mas me controlei, ela disse para que eu não saísse mais sem ela. Realmente a situação era crítica para mim.

O guia retornou e nos levou ao Hotel Majestic. A fachada não é bonita, mas o interior é muito interessante, todo decorado em Hindu. Os recepcionistas super simpáticos, nos atenderam pacientemente, porém o quarto ainda não estava pronto. Ai pintou a idéia de Lilica: eu tenho um mapa, estamos no centro de Santiago, vamos bater perna!!!!!

Deixamos nossas coisas e saímos pelas ruas de Santiago, eram os primeiros momentos ali, meu sorriso era visualmente evidente! Estava emocionada, animada, feliz, com o coração disparado... As ruas na capital são limpas, largas, bem sinalizadas. As avenidas são impressionantes de tão largas!!! As árvores estão sem folhas ou flores, algumas poucas resistem ao frio. Há muita gente nas ruas, afinal é dia de trabalho para eles. Os motoristas são muito educados e respeitam a sinalização, e os pedestres atravessam praticamente sem olhar para a rua.

Andamos muito pelo centro, as quadras são MUITO grandes e caminhamos por mais de 15 quadras "costurando" todo o centro a procura de coisas, comida e casa da câmbio. Conhecemos diversos pontos turístimos de Santiago, seguindo um mapa e não havia problemas em perder o caminho.

Na foto ao lado está a estátua da liberdade chilena, inaugurada por Don Agusto Pinochet em 11 de setembro de 1974 (ou 1973, não sei), chama-se "Monumento de la LLama de la Libertad". É um símbolo para a liberdade chilena, quando Pinochet retirou o socialismo do país.

Eu queria parar para fotografar tudo o que via, mas minha mãe ainda estava com medo de tudo e de todos, então eu tinha que ir andando e fotografando de onde desse e como desse, para que ela não reclamasse ou ficasse com mais medo. Com isso, nem todas as fotos saíram como eu gostaria, mas não deixei de fotografar quase nada, mesmo acreditando nisso, quando voltei ao Brasil percebi que muita coisa importante não foi fotografada (como a largura das ruas, os jovens chilenos, e outras coisas mais).

A partir de agora, pretendo não relatar mais as coisas em uma ordem cronológica, como estou fazendo até agora, pois irei contar sobre cada ponto que conhecemos e, por isso, tenho que misturar um pouco as visões de vários dias.

2 comentários:

Imagino a cena de Dona Genilda andando no centro de Santiago sem entender nada, com sono, perdida...e vc querendo tirar fotos...coitada...que hija...rs...
Tá esquentando este diário....está cada vez melhor...

bjs

hauahuahua judiei msm... vai viajar tme que aguentar!